É poesia.
É urbana.
É a força da palavra dita a invadir Lisboa
há algum tempo com as noites de Slam
e a juntar o que de melhor há com o Festival do Silêncio.
Para saber mais
deixo o chamamento do Musibox para as próximas noites de Poetry Slam
e a juntar o que de melhor há com o Festival do Silêncio.
Para saber mais
deixo o chamamento do Musibox para as próximas noites de Poetry Slam
feito pelas mãos de Alex Cortez, este amigo de boa casa, das noites, da música, da poesia e da spoken word.
E passo a palavra com um dedilhar mais ou menos completo que fiz sobre esta
Poesia que está (de volta) na rua!
Slam LX é mais uma noite temática que o Musicbox organiza inteiramente dedicada à Palavra e ao Poetry Slam. Nesta noite, para além do torneio de Poesia, o formato inclui a presença de vários convidados (um slammer e um humorista), a apresentação de pequenos vídeos de poesia e a participação do público em versão microfone aberto.
Serão 8 sessões com uma finalíssima a ter lugar em Maio de 2012.
O Slam LX nº1 terá lugar no dia 27 de Outubro, pelas 22h no Musicbox. Para além dos 8 concorrentes do Poetry Slam o evento terá como Mestre de cerimónias Filipe Homem Fonseca e os convidados especiais são o humorista José de Pina e a slammer Raquel Lima, vencedora do Poetry Slam do festival Silêncio.
A sessão será ainda animada pelo DJ Mike Stellar!
Apoios: Festival Silêncio, 101 noites, Bertrand, Contraponto, Quetzal Editores, Revista 365, Easy Jet, Clube da Palavra, Canal Q, Avenida de Poemas, Jameson.
Entrada 5€ com oferta de uma bebida!
www.facebook.com/slam.lx
Serão 8 sessões com uma finalíssima a ter lugar em Maio de 2012.
O Slam LX nº1 terá lugar no dia 27 de Outubro, pelas 22h no Musicbox. Para além dos 8 concorrentes do Poetry Slam o evento terá como Mestre de cerimónias Filipe Homem Fonseca e os convidados especiais são o humorista José de Pina e a slammer Raquel Lima, vencedora do Poetry Slam do festival Silêncio.
A sessão será ainda animada pelo DJ Mike Stellar!
Apoios: Festival Silêncio, 101 noites, Bertrand, Contraponto, Quetzal Editores, Revista 365, Easy Jet, Clube da Palavra, Canal Q, Avenida de Poemas, Jameson.
Entrada 5€ com oferta de uma bebida!
www.facebook.com/slam.lx
A palavra está a tomar Lisboa de assalto
Há uma nova arma e moda urbana. De sessões de poesia, a concursos, intervenções, de boca em boca, escrita em paredes. Já reparou que a palavra está em todo o lado?
“Spoken Word”: A palavra, não só, dita
A palavra declamada, em prosa ou poesia, com ou sem música, traz da América trejeitos de rap e hip-hop. Está a ganhar novos contornos e força artística e activista em Portugal.
Spoken Word à letra, é palavra dita: uma mensagem pessoal, política, activista, em prosa ou poesia.
Quem ouve, pela primeira vez o termo, conhece uma forma de arte, no limite de vários géneros artísticos: literário, musical, performance.
Poetas, músicos, anónimos ou de renome, os artistas dividem-se entre a leitura ou declamação de poesia com ou sem música entre vários géneros: jazz, funk, soul.Quem já se cruzou com a realidade de Spoken Word, sabe que esta se define pelo tempo e espaço da declamação. É sobretudo uma forma de intervenção, vale não pela rima mas pelo improviso e intensidade da performance: renasce o valor da palavra dita, mas o impacto é de quem e como a diz.
Da América com intervenção
Nasce no final dos anos 60 contra lutas raciais, opondo às armas a palavra. Assume-se, anos 80 e 90, no seio da cultura urbana afro americana, como uma sub-cultura, movimento alternativo de expressão e intervenção.
Gill Scott-Heron músico e poeta é um ícone destas performances. Outros como a cantora Jill Scott começaram a aderir ao movimento.
Hoje saiem da sub-cultura para os palcos da MTV artistas mais populares como Saul Williams e Úrsula Rucker que ainda ecoam problemas raciais mas, menos "underground", dão voz a direitos humanos universais e apelam a uma revolução cultural.
Com a raiz em poesia urbana, na cidade e para cidade o Spoken Word disseminou-se desde cedo pela internet, não massivamente como a rede é vista hoje mas como forma alternativa de passar esta forma de cultura : blogs, redes sociais, canais rádios Web, podcasts.
Esta palavra dita chega directamente ao receptor o que “aumenta a sua força mas por outro lado tem o risco de perder intemporalidade”, comenta Luís Filipe Borges, jurí do Poetry Slam, Lisboa, 2010.
Poetas urbanos: Há quem os chame slammers
Há uma nova vaga de poetas. Conheça-os à noite, em bares, num palco, com ritmo e improviso nas palavras. Fazem slam: poesia forte e directa como uma batida.
Um, dois, três…Slam! Começa assim uma performance de Poetry Slam. São noites de expressão, de novos autores e anónimos, de recitação entre o Spoken Word, a poesia e o improviso, a concurso ou não, com um cronómetro a contar três minutos, frente a um público. A noite é aberta a todas as pessoas que trazem um texto no papel ou na cabeça, e dizem com ou sem rimas, neste novo estilo entre a declamação e a performance.
Slam, batida em inglês, é de facto forte como uma batida e com batida: um ritmo que por vezes lembra o rap ou o hip hop revolucionário, ritmado, que remete à sua vertente interventiva e de sub-cultura. Slam é também urbano, nasceu nas ruas, dos bairros afro-americanos, onde do improviso nascem poemas ou grupos de poetas.
Slammers Sobem ao palco num espaço urbano, normalmente à noite e fazem-se valer. Entre música, copos, fumos, calam-se as luzes para ouvir e ver: poeta e poema, ou mensagem e performance. São os slammers: “Poeta que declama a sua poesia valorizando muito o lado performativo da poesia declamada”, define Alex Cortez, responsável do Musibox, Cais do Sodré, Lisboa, local onde começaram as noites de Poetry Slam em 2009.
O carisma é essencial para os slammers. Não é só dizer poemas, o slam toca os limites de uma perfomance para uns espontânea, para outros pensada ao pormenor: o olhar, a posição das mãos, os gestos sugestivos. O objectivo não é rimar, é tocar, é passar a mensagem.
Leandro Morgado, vencedor de 2010, tem experiência de stand up comedy, exemplo de que há que tocar o público pela performance.
“Há ainda uma forma pessoana de se fazer poetry slam em Portugal como de resto havia uma forma teatral de fazer novelas quando começaram a aparecer as primeiras”, explica Fernando Alvim, júri do Poetry Slam.
A mensagem é tudo o que interessa ao slammers mais ou menos “pessoanos”. “O que me faz subir a um palco é sempre aquilo que vou dizer, não só por acreditar profundamente na minha mensagem mas por acreditar que posso contribuir de alguma forma para a evolução de consciências neste país”, conta Walid El Sayed, slammer.
O anonimato fica curiosamente lado a lado com o carisma. Novos autores brotam da ausência de assinatura da poesia escrita e da liberdade destes palcos improvisados em bares, discotecas e associações culturais da cidade. “O anónimo sobe ao palco e a ausência de música abre portas à força da performance cara a cara. O momento é seco: poeta, microfone e público...param a luzes, pára o barulho, tudo o que se quer é ouvir”, define Walid El Sayed.
O palco é para os slammers onde “se expõem ideias, sem a "muleta" do instrumental, o que distingue aqueles que têm algo a dizer dos que infelizmente não têm”.
Sentimento, reivindicação, liberdade fazem as rimas desta poesia que é dita e que o é cara a cara:“poesia não é para se guardar na gaveta, nem poesia, nem cartas, nem armas, uma poesia é para ser dita na cara, uma cara é para ser lida nos olhos, uma arma é para dar um tiro a alguém”, ilustra Fernando Alvim.
Noites de poesia: Tendência invade Lisboa
Novos autores passam emoções, pensamentos a quem descontrai pela noite, numa relação directa, forte. Alfama, Sé, Graça, Bica e Cais-do-Sodré já foram tocados. Saiba em que locais há convívio em torno da poesia. Chegue cedo, costuma lotar.
Anos 70, 80, Natália Correia, Ary dos Santos, Al-Berto e outros poetas portugueses reúnem-se no Botequim, Largo da Graça, e outros bares para discutir, declamar, criar poesia.
2009, a tradição recomeça. Novos autores trazem e trocam de poemas entre mesas, copos e música. Começam as noites de poetry slam no Musibox, Cais-do-Sodré, Lisboa, inseridas no Festival do Silêncio: uma mostra e elogio à palavra dita e que se repete todos os anos. O evento traz à capital referências do Spoken Word e inaugura as noites de poesia em palco e a concurso.
O vírus é lançado: Tira o poema da gaveta e vem expressar-te em 3 minutos. “Os torneios de Poetry Slam criam espaço para quem escreve e não consegue visibilidade. Obriga os poetas a tirarem a poesia das gavetas, retirarem-lhe o pó e ao subirem a um palco, devolverem-na ao público. Fomenta o interesse pela poesia, literatura, criação poética e novos movimentos urbanos”, descreve Alex Cortez, responsável do Musicbox.
2011 há já uma tradição que extrapola de uma quinta-feira por mês no Musicbox para infectar a agenda semanal de vários espaços nocturnos da cidade.
Culturbica, Associação sociocultural, R. do Almada, nº 36, entre o elevador da Bica e o miradouro de Santa Catarina, aderiu ao Poetry Slam à quarta-feira. O característico palco e microfone só param os torneios durante a programação de verão .
Bicarte, galeria e bar, também na Bica, nº38, Travessa da Portuguesa, há poetry slam à terça-feira. O espaço é pequeno, acolhedor e enche sempre, dentro e fora de portas com o grupo fiel, e não só, que vai seguindo estas noites.
Galeria Monumental, Campo dos Mártires da Pátria, 101, entre exposições tem várias noites de poetry slam, numa sala ampla e com uma acústica especial.
Botequim, Largo da Graça, nº79, mesmo espaço inaugurado em 1971 pela poetisa Natália Correia, retoma o costume de se declamar poesia ora de novos autores ora de noites em homenagem a autores intemporais.
Bela, Vinhos e Petiscos, Alfama, Rua dos Remédios, nº190, todas as terças-feiras são de poesia ao alto, declamada, interpretada como se Álvaro de Campos viesse à “Tabacaria”. Há folhas com poesia seleccionada pelas mesas para quem se esquecer de trazer o seu preferido ou o seu próprio.
Velha Gaiteira, Rua das Pedras Negras, nº 17, paredes meias com a Sé de Lisboa, tem uma agenda livre a dias e temas para a poesia: de guerra, erótica, urbana.
Jardim da Estrela, inaugura em Julho de 2011 o poetry slam num jardim com os mesmos moldes: trazer e chamar a poesia da cidade à cidade, agora num espaço aberto já que Lisboa está com temperaturas e de férias.
Novos autores passam emoções, pensamentos a quem descontrai pela noite, numa relação directa, forte. Alfama, Sé, Graça, Bica e Cais-do-Sodré já foram tocados. Saiba em que locais há convívio em torno da poesia. Chegue cedo, costuma lotar.
Anos 70, 80, Natália Correia, Ary dos Santos, Al-Berto e outros poetas portugueses reúnem-se no Botequim, Largo da Graça, e outros bares para discutir, declamar, criar poesia.
2009, a tradição recomeça. Novos autores trazem e trocam de poemas entre mesas, copos e música. Começam as noites de poetry slam no Musibox, Cais-do-Sodré, Lisboa, inseridas no Festival do Silêncio: uma mostra e elogio à palavra dita e que se repete todos os anos. O evento traz à capital referências do Spoken Word e inaugura as noites de poesia em palco e a concurso.
O vírus é lançado: Tira o poema da gaveta e vem expressar-te em 3 minutos. “Os torneios de Poetry Slam criam espaço para quem escreve e não consegue visibilidade. Obriga os poetas a tirarem a poesia das gavetas, retirarem-lhe o pó e ao subirem a um palco, devolverem-na ao público. Fomenta o interesse pela poesia, literatura, criação poética e novos movimentos urbanos”, descreve Alex Cortez, responsável do Musicbox.
2011 há já uma tradição que extrapola de uma quinta-feira por mês no Musicbox para infectar a agenda semanal de vários espaços nocturnos da cidade.
Culturbica, Associação sociocultural, R. do Almada, nº 36, entre o elevador da Bica e o miradouro de Santa Catarina, aderiu ao Poetry Slam à quarta-feira. O característico palco e microfone só param os torneios durante a programação de verão .
Bicarte, galeria e bar, também na Bica, nº38, Travessa da Portuguesa, há poetry slam à terça-feira. O espaço é pequeno, acolhedor e enche sempre, dentro e fora de portas com o grupo fiel, e não só, que vai seguindo estas noites.
Galeria Monumental, Campo dos Mártires da Pátria, 101, entre exposições tem várias noites de poetry slam, numa sala ampla e com uma acústica especial.
Botequim, Largo da Graça, nº79, mesmo espaço inaugurado em 1971 pela poetisa Natália Correia, retoma o costume de se declamar poesia ora de novos autores ora de noites em homenagem a autores intemporais.
Bela, Vinhos e Petiscos, Alfama, Rua dos Remédios, nº190, todas as terças-feiras são de poesia ao alto, declamada, interpretada como se Álvaro de Campos viesse à “Tabacaria”. Há folhas com poesia seleccionada pelas mesas para quem se esquecer de trazer o seu preferido ou o seu próprio.
Velha Gaiteira, Rua das Pedras Negras, nº 17, paredes meias com a Sé de Lisboa, tem uma agenda livre a dias e temas para a poesia: de guerra, erótica, urbana.
Jardim da Estrela, inaugura em Julho de 2011 o poetry slam num jardim com os mesmos moldes: trazer e chamar a poesia da cidade à cidade, agora num espaço aberto já que Lisboa está com temperaturas e de férias.