quinta-feira, 28 de abril de 2011

Pequenino mas limpo por favor!

O que é que me fazia perder a abertura da feira do livro?
Isto, isto e isto.
Por curiosidade? Não, pelo ar que respiro e pelo chão que piso...mesmo.



Porque tudo bem que se estão a ir os anéis, ou já foram, mas que fiquem os dedos...e as Berlengas, a Costa Alentejana, e o Gerês ( que me aguarda impaciente), e o estado do ar que respiro neste momento em Lisboa, como vai, recomenda-se? E o ruído ambiente?
Que eu saiba como isto está por cá, porque praguejar e saber que só vai piorar em tantos outros aspectos, não me tem tirado o sono, ainda, mas não me tem deixado sonhar.
As questões ecológicas e a preservação do ambiente não são sonhos, nem modas, nem questões menores. Mas às vezes parecem não é? Onde é que elas estão nos alinhamentos formatados? É de estranhar, digo eu, e por oposição se entranhar uma atitude preocupada e consciente.

Vá-la que com a crise e em prol de se pouparem uns tostões se estão a tomar medidas que poupam gastos desnecessários de água, luz e consumíveis...caricato.

Agora se lá vou hoje à Gulbenkian às 18h e apanho só mais uma homenagem a nomes...
temos o caldo entornado e o retrato tirado...
Espero que não.
Porque apesar de tudo, em Portugal ainda espero que sim. 

quarta-feira, 27 de abril de 2011

Os livros da feira

"As coisas da feira são as melhores", dizia o meu avô Necas que nunca chegou a ir comigo à Feira do Livro.

Ela existe desde 1930, eu desde 1983, e nós tivemos algumas oportunidades, nem sempre o tempo. Mesmo assim isso não foi nem de perto uma falha.

As feiras eram a vida dele, as de selos e antiguidades, de trás para a frente e mesmo ali ao lado, na Estufa Fria - que esta semana vai reabrir ao público.
Por isso e por tudo o que tem um avô com muitos netos e as pernas pesadas nunca fomos à Feira do Livro.
Nem de perto uma falha, fomos lá "ao longe". O Avô Necas levou-me lá quando falava das feiras com brilho de ouro nos olhos apesar de ter quase sempre as mãos cheias de pó ou secas e rasgadas pelo papel.

Também "fui" com o avô Necas pelas mãos da minha tia, filha dele, irmã do meu pai, que há anos que não fala ao irmão, e que há uns tempos perdeu a vida deixando-me a mim sem a minha tia. A Feira com ela era um ritual, esta e a do Avante. Granda Tia Pá!

Os livros são sempre bons, mas os da Feira do Livro sabem melhor! Sabem a quase tudo: o que se perdeu, encontrou, recuperou,  emprestou, nos autografaram, descobrimos sozinhos...

E sabem a família.
Não sei porquê sabendo bem porquê e achando que todos sabemos...

Prateleiras, casas, reminiscências, referências, companhias, colos, cavalitas, mãos dadas, ontem, hoje... 
Avós, tias, tios, mães e pais e filhos e sobrinhos

Todos à Feira do Livro no Parque Eduardo VII

Começa hoje, dia 28 de Abril.
Acaba...nunca! 
Como as histórias ;) 

De segunda a quinta do 12:30 às 23:00 
Sexta do 12:00 -  24:00
Sábado 11:00 -24 
Domingo 11:00- 23

Sexta 29, às 18h, há debate sobre a Poesia: Inventar Espaços para a Poesia. com a moderação de José Mário Silva (www.bibliotecariodebabel.com) e a participação de Rui Almeida (www.ruialme.blogspot.com), Catarina Barros(www.atrama.blogspot.com), Sandra Silva (editora e co-organizadora do Festival Silêncio!) e Paulo Tavares (poeta e editor da Artefacto e da revista 'Agio') 


...Tia, podemos ver os livros ao contrário? 

Como assim? 
A descer...

Não queres ver os outros lá de cima? 
Quero! Leva-me às cavalitas...