terça-feira, 22 de março de 2011

primavera em SeMente

A primavera a florescer e eu sem escrever. Também ainda ninguém me lê... mas isso é tanto razão para escrever como o céu precisar de lantejoulas em vez de estrelas só porque as ditas estão na moda.

Não sou de modas, sou de moods.

E o caos do país e do mundo, que a tantos dá pano para mangas e bandeiras,
a mim afectou-me e o post que tinha sobre a primavera ficou de molho e absorveu os seguintes.

Porque a primavera nem sempre é de flores,

porque não basta vê-las florir, há que as semear e cuidar.
E pensando menos nas pétalas e mais nas sementes…

Que primavera aí vem?

O que andámos nós a semear?


.Crise económica mais que anunciada
..Despedimentos colectivos em massa
...Recordes do número de desempregados
.....Cortes nos mais pobres

.......Conflitos políticos que ao fim ao cabo não são mais do que de egos e mudam as moscas…


Como é que se consegue pensar em borboletas numa altura destas?

Ou no pólen espalhado no ar pelas abelhas…

e no ciclo natural das coisas e na mãe natureza...

 

Se ainda está quente e não arrefece a crise nuclear no Japão
e o que há no ar é se não tóxico de mais para se fazer um esforço para perceber.

Se as tropas de Muammar Khadafi me parecem tão munidas quanto cegas…

 

A primavera...a primavera afinal é para os zangões

como as Águas de Portugal que registaram lucros recorde de 80 milhões de euros

e para a Edp que obteve lucros de 1.079 milhões de euros o não passado, mais 5% que o ano anterior. 

Fosse eu a prima vera do Mexia.
Mas não sou.


Por isso e para equilibrar o ecossistema comprei bolbos de frésias para plantar na minha janela.
Porque nunca é tarde. E entre geadas abruptas, chuvas de Abril e filas no centro de (des)emprego… a minha primavera semeia-se para ver florir! 

terça-feira, 15 de março de 2011

All you need is...sun and gas!

Tudo o que o mundo não precisava era da crise nuclear do Japão.
Tão pouco as pessoasas criançaso oceano ....

Ontem à noite jantava e perdia o apetite à medida que ouvia Sócrates esquivo à importância da situação do país.

Mas quando cruzamos os talheres e satisfazemos o apetite há mais loiça suja do que a da nossa cozinha. Muita mais. E há mais alternativas. E não é de hoje, até porque amanhã está mesmo aí.

Não há piqueniques de graça!

sexta-feira, 11 de março de 2011

Ai Japão . . .

Tremendo

Ontem dava os primeiros passos aqui, a teimar com a o tom cor-de-rosa, que não era bem este, que não era perfeito...

Hoje de manhã o mundo tremia.

O sismo no Japão, um dos maiores da história com escala de 8.9. 
Mais de de 300 mortos, 500 feridos e 600 desaparecidos. 

Este tom rosa serve perfeitamente.
A chuva que estragou o fim-de-semana é uma gota de orvalho.
As minhas dores nas costas fazem-me cócegas.
Estou desempregada mas o meu mundo lá se vai equilibrando. 

Do outro lado do mundo a humanidade precisa de ajuda.


quinta-feira, 10 de março de 2011

Dia 12 é todos os dias

A leitura dos diários levou-me ao projecto Um ano na Crise.
Útil mas sem interesse especifico para mim. Mas fui até lá. Sou de palavras. Um ano na Crise atraiu-me. 
Parei ali e não noutro lado. 
Um ano é muita coisa! 
A crise tem tudo de crise. Tem o cr ,rrrrrrrrr
tem i , tem o se final.
Porque é que a palavra crise não se gasta de uma vez, que nem “palavra repetida ao expoente da loucura”.
Em vez continua a criar "paniquinhos" servidos ao pequeno almoço como os manhanzitos. 
E eu que sou de palavras e avessa a números e a títulos compridos…até gostei. 
Qualquer dia concorro a um desses 3500 postos. 
Há 7 meses  0 ofertas de emprego na minha área.
Vou inventar uma palavra muito feia e gritar no meio do milhão na avenida.

É o que tu quiseres que seja


in : Vee Speers

Pescada e tostas

Dizia eu para a galinha que punha o ovo,
que pensei fazer de novo um blogue e/ou não o fazer.
talvez um só de imagens, mas para mim nunca valem mais de mil palavras porque sou de milhares delas quando puxam por mim.
Ou um só de Tumblr, o meu último vício para adormecer quando as pestanas teimam em colar ao contrário.
Fazer um só dos meus trabalhos jornalísticos mas os que faço já são freelancer palavra que aprendi recentemente ter duplo sentido: é de facto trabalho livre de horários ou contracto empresarial assim como livre de pagamento. A curiosidade que sempre foi livre agora é livre a dobrar e se és curioso e gostas de escrever, então escreve à vontade, envia, mas nós agora não temos à vontade para pagar.

Acabo sempre pescada de rabo na boca(sem puré), por voltar à base e escrever na própria pessoa, no meu pronome pessoal, as minhas escolhas, críticas, opiniões e devaneios. Por que não, grande parte dos títulos e descrições dos blogues de ontem e hoje contêm “devaneios, desabafos, confidências”.
Eu também as tenho e volto no fim ao início: à minha partilha das minhas coisas.

Partilhar é inerente ao ser humano, não é?
Os meus primos mais velhos fizeram-no comigo quando eu era criança, mesmo quando insistiram em não o fazer com as “suas coisas materiais”, mas as suas coisas da vida entravam pela porta da minha avó adentro.
Foi assim que conheci o surf, os charros, as tostas mistas de três andares depois dos ditos, os beijos na boca e as mãos por baixo da roupa, a boa música, as drogas leves, as drogas pesadas, o yoga, o sexo prematuro, o sexo barulhento, os bebés fora de horas que originou os meus primos em segundo grau quando os meus primos ainda descobriam o que era o primeiro grau.
Partilhar é bom e é melhor começar pondo a culpa nos primos mais velhos e deixar a minha partilha para depois.
A seguir.


in: I Can Read

Ovo


Quem surgiu primeiro, o ovo ou a galinha?

E o que acontece primeiro, o que escreves ou o blogue? Ou só escreves já a pensar no pão no molho amarelo?
No meu caso foi tudo milho atirado ao ar e espalhado por aí, e de cada vez que começo dou por mim a contar a história aos pombos.
Quem é que lê o teu primeiro post?
Mas como é que se começa sem o primeiro?
Começando, leio eu, e um blogue nunca o é sem a palavra eu.
Eu que sou eu já tentei.
Este mesmo tentou que assim não fosse, sem impressão digital, mas não seria paradoxal J aqui posso pôr smiles! paradoxal!
Hoje, eu, começo do início do fim de uma história de blogues apagados.
Dois de poesia, um de imagens, outro de crónicas. Tive vários. Estavam na moda. Fiz ensaios de faculdade sobre o boom dos blogues, o poder que se levantava por baixo desta saia que era o grito da moda.
Ligo tanto à moda como a puré de batata mas esta, a dos blogues, ficou cada vez mais poderosa e atrevida, qual mini-saia que também teve a sua época, a das pernas à mostra.
A era dos blogues que se queria diferente foi inevitavelmente a das pernas sentadas e como tal, muitas vezes cruzadas. Corrigindo já assisti a pontapés bem dados, de biqueira mesmo, por oposição não gostei de ver quais pernas para que vos quero que eu quero é um livro que gere receitas.
E aqui como em tudo há os bons e os maus exemplos.
E aqui, aqui, devem escrever-se textos curtos.